Cidades
MP pede prisão preventiva de chefe da Casa Militar do PA, investigado por corrupção e lavagem de dinheiro
Coronel Osmar Vieira teria tentado intimidar procurar que apura o caso que envolve a compra de garrafas pet, segundo o MPPA.
- - G1 / FolhaPA
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O Ministério Público do Pará (MPPA) pediu, nesta quarta-feira (7), a prisão preventiva do chefe da Casa Militar do Estado, o coronel Osmar Vieira da Costa Júnior.
De acordo com o MPPA, a prisão foi solicitada com a justificativa que o coronel teria usado do cargo para tentar intimidar o procurador geral de Justiça, Gilberto Valente.
A procuradoria apura a participação de Osmar em uma suposta organização criminosa investigada por corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, as garrafas foram compradas pelo governo do estado por um valor de R$1.700.000,00 sendo que cada unidade custou R$1,50.
Segundo as investigações, a fraude teria sido cometida durante o processo de aquisição de garrafas pet pelo Governo do Pará, para envasamento de álcool em gel durante a epidemia de Covid-19. O caso foi investigado pela Polícia Federal em junho de 2020.
Em março deste ano, o MPPA denunciou 12 pessoas, inclusive o coronel Osmar Vieira, por suposto envolvimento na compra irregular de garrafas para envasar álcool gel, na rede pública estadual.
O G1 Pará entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) para saber sobre o deferimento do pedido do MPPA, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. A reportagem tentou contato com o coronel Osmar, mas não conseguiu falar com ele.
Em nota, o Governo do Pará disse que o procurador geral produziu um "factóide de fim de mandato, usando o Ministério Público para perseguir adversários de seu grupo político". Segundo a nota, "o objetivo não é fazer Justiça ou zelar pelos recursos públicos, apenas criar e sustentar narrativas negativas contra a atual estão do governo do estado".

MP denuncia 12 pessoas por compra irregular de garrafas para envasar álcool gel